quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Etnia Cigana x Ciganos Espirituais



Etnia Cigana  X Ciganos Espirituais


Etnia Cigana:


Aqui, não pretendo me aprofundar muito, pois não sou da etnia cigana. Apenas gostaria esclarecer, certos detalhes do que nos é passado, pelos próprios “ciganos de sangue” ou em textos, poesias e conversas das quais fizemos parte ou foi lido.

O Povo Cigano, desde sua tenra idade, assume compromissos, como exemplo do que muito ouvimos: casamentos, aprendizados, obrigações, trabalho.  Existe certa rigidez e cobranças, desde a infância. Assim a cultura é mantida e as tradições são perpetuadas por séculos.

Perseguidos desde que o mundo é mundo, através da cultura e da tradição sobreviveram até ao Holocausto.

Possuem uma linguagem própria, assim como diversos povos de diversos países o possuem, porém uma língua ágrafa que não possui um professor ou um estudioso que possa ensinar.

Dizer-se cigano é dizer-se dentro de um mundo que somente pertence a quem nasceu dentro da etnia, da cultura e da tradição cigana. Dizer-se Cigano(a) é lutar até hoje contra o preconceito e a desigualdade.

Eis o que tenho a dizer de um Povo, que sabe sobreviver e permanecer intocável, através dos tempos.


A Linha Cigana na Umbanda





Há pouco tempo, podemos dizer assim, surgiu a linha cigana na Umbanda. Estes nossos amigos espirituais, que trazem uma magia diferenciada, um modo de agir todo particular e o encanto que mexe com o médium e o seu psiquê.

Aos médiuns, já postamos no Blog, assuntos relacionados à Linha Cigana. Qualquer dúvida é só ler as antigas postagens.

Aqui, gostaria apenas de ressaltar que no arfã do saber, médiuns e pessoas ligadas à espiritualidade que ainda não desenvolveram o contato com os Espíritos Ciganos ou estão desenvolvendo ou até mesmo já desenvolveram, buscam o SABER, sem sequer notar a fina linha que divide a busca do conhecimento e a falta de respeito pela cultura e tradição de um Povo.

Gostaria de ressaltar que agimos, pensamos e falamos de forma muito diferente dos costumes e tradições dos “ciganos de sangue”. Portanto, estamos caminhando em terreno desconhecido, onde atos comuns para nós, podem ser interpretados de diferentes formas e talvez até mesmo, por imprudência, na forma de abordar determinados assuntos.

Portanto, a Etnia Cigana e os Espíritos Ciganos são assuntos completamente diferentes.

Há uma grande confusão, quando falamos dos ciganos espirituais; ao nos referirmos a eles, linguisticamente como: o cigano, a cigana ou o Povo Cigano. Ao abordar tais assuntos sem gerar mal estar, sugiro ao leitor que  comece a falar: a cigana ou o cigano de nossa aura, de nossa egrégora; o Povo Cigano de Umbanda; os amigos ciganos espirituais ou simplesmente Espíritos Ciganos.

Eu sei que no dia-a-dia, conforme trabalhamos com os ciganos espirituais, acabamos perdendo a própria identidade, pois consulentes e até mesmo amigos, começam a se referir a nós em conversas dizendo: “Fulana: aquela que trabalha com a Cigana Tal”. Daí o nome da pessoa, começa a ser vinculada ao nome da entidade espiritual com a qual trabalha. No decorrer do tempo, acabamos sendo conhecidos, como por exemplo: “Fulana da Cigana Tal” e algumas pessoas até assumem esse nome como seu, pelo fato de já ser um médium conhecido no meio espiritual por esse nome.

Eu mesma, já passei por inúmeras situações constrangedoras, embaraçosas e até mesmo ofensivas, ao omitir ou esquecer de colocar a palavra “espíritos” ou “espiritual” enquanto falava sobre a Linha Cigana da Umbanda.

Dessa forma, evitaremos desgastes ou confusões que não intencionávamos e nem nos passava pela cabeça causar.

Havendo cuidados com o uso das palavras, estaremos respeitando o Povo da Etnia Cigana e mostrando que apenas falamos do Povo Cigano Espiritual ligados a Linha do Oriente na Umbanda.

Jeanne M Viera.
Espaço Alternativo Sino dos Ventos.
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2012.

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